Sacolejava em silêncio no banco surrado. A vida passava em flashes e vultos do lado de fora do ônibus, enquanto este subia a avenida carregada em velocidade. Um tango deliciosamente triste formava um verdadeiro espetáculo no espaço vazio do veiculo, observando uma dançarina de pele morena e vestido preto bailar solitária.
Seus movimentos suaves o encantavam e clamavam pela atenção absoluta. Aproximava as mãos do rosto com barba por fazer e o contornava rente à pele. A barra rodada de tecido suave acompanhavam cada passo da cintura fina com um leve atraso, dando um charme a mais ao espetá